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Abraçando a neurodiversidade: Compreendendo o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é classificado como um distúrbio do neurodesenvolvimento. Dentro desse grupo de distúrbios, os indivíduos apresentam desafios significativos, dentre os quais estão dificuldade de estabelecer conexões sociais e limitação nas habilidades ligadas à comunicação, tanto verbal como não verbal. Também são características do autismo manifestação de comportamentos repetitivos e interesses restritos e estereotipados.


As causas do autismo permanecem desconhecidas, e a origem dele não é definitivamente compreendida. Acredita-se que desordens do espectro autista estejam ligadas a irregularidades que afetam áreas cerebrais ainda não plenamente identificadas, muito provavelmente com uma base genética subjacente.


Além disso, há a suposição de que fatores ocorridos durante a gestação ou no momento do parto possam contribuir para o desenvolvimento do autismo. Como as causas exatas permanecem obscuras, o foco da prevenção do autismo se concentra em cuidados gerais, particularmente relacionados a grávidas, com ênfase especial na gestão de exposição a substâncias químicas, como medicamentos, álcool e tabaco.


Embora o autismo geralmente se manifeste nos primeiros meses de vida, existem casos em que há um período inicial de desenvolvimento típico, seguido pela posterior manifestação de sintomas. As características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) se fazem presentes desde os primeiros anos de vida. Geralmente, as crianças exibem sinais de alerta antes de completarem três anos. 


Mãos formando um coração que representa o autismo

Crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) costumam não demonstrar interesse em estabelecer contato visual ou o fazem com menos frequência. Logo, a tendência de um bebê evitar contato visual com rostos humanos pode ser um indicativo significativo de risco de autismo.


O natural é que o desejo de estabelecer conexão visual com os cuidadores se manifeste no bebê antes dos três meses de idade.  O que os pais costumam perceber, inicialmente, é que o bebê se mostra excessivamente tranquilo e sonolento e, por outro lado, chora por longos períodos, sem encontrar consolo.


Outra queixa comum dos pais é que o filho não demonstra afinidade pelo colo ou não aceita ser acalentado. Mais adiante, percebe-se que o bebê não replica ações, como apontar para compartilhar emoções ou sensações, e não adquire as habilidades de comunicação por meio de gestos que são típicas da maioria dos bebês, como acenar com as mãos para cumprimentar ou para se despedir.


O tratamento do autismo envolve uma abordagem multidisciplinar que vai muito além do tratamento farmacológico. Existem várias intervenções e psicoterapias que se mostraram eficazes na melhoria das habilidades e na qualidade de vida das pessoas com autismo.


Algumas das abordagens mais conhecidas incluem a Intervenção Comportamental Aplicada (ABA), o Programa de Ensino Estruturado para Crianças com Autismo e Dificuldades de Comunicação (TEACCH) e o Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (PECS), entre outros.


Além dessas abordagens mencionadas, existem várias outras terapias e intervenções que podem ser benéficas para pessoas com autismo. Algumas delas incluem terapia ocupacional, fonoaudiologia, terapia de integração sensorial, treinamento de habilidades sociais e educação inclusiva em ambientes escolares.


Nos primeiros momentos após o diagnóstico, é comum que a vida familiar passe por um período de turbulência, mas, com o tempo, a família tende a se adaptar à nova realidade.


Um aspecto crucial nesse processo é a necessidade de todos os membros da família aprenderem a conviver harmoniosamente, visto que a pessoa diagnosticada com autismo pode enfrentar desafios adicionais na compreensão das regras sociais básicas e, ao mesmo tempo, pode ter dificuldades em respeitar o espaço pessoal dos outros.


É de extrema importância, portanto, estabelecer limites, desde o início, de forma clara, visando tanto à preservação do espaço da criança com autismo quanto ao bem-estar dos demais membros da família.


É importante enfatizar que o conteúdo deste blog não substitui um diagnóstico médico. Ele é apenas uma fonte informativa e educativa. Se você tem qualquer suspeita ou preocupação em relação à saúde da sua filha ou do seu filho, é fundamental que procure um médico pediatra, visto que somente ele poderá avaliar a situação, realizar os exames necessários e, se for o caso, encaminhar para os especialistas adequados. 


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